Dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de Alagoas (Arpen/AL) apontam que este ano – até o dia 19 de abril – ocorreram 1.343 mortes por Covid no estado. Desse total, 290 somente neste mês, um aumento de 480% quando comparado ao mesmo período de 2020, com 50 óbitos. No ano passado foram 2.420 óbitos por infecção pelo Sars-Cov-2 e, em 2021, ultrapassa as 1,3 mil mortes somente nos quatro primeiros meses, de acordo com dados da Arpen/AL. Ou seja, já temos até o dia 19 de abril mais da metade do número registrado todo o ano de 2020, de 55,5%. Pelo levantamento da Arpen/AL, em março de 2020, foram três mortes por Covid em Alagoas, mês que os primeiros casos e óbitos começaram a ocorrer e, em abril, foram 50.
Nos quatro primeiros meses deste ano a pandemia fez, na sequência, em janeiro, fevereiro, março e até 19 de abril, 226; 278; 549 e 290. Somando-se todas as vítimas que não resistiram à doença – desde o início da pandemia – a Arpen contabiliza 3.763. Esse número não coincide com o divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que aponta mais de 4 mil óbitos. A diferença deve-se, possivelmente, porque há um prazo de até sete dias para que o parente da vítima possa registrar a morte. Segundo o Boletim Epidemiológico da Sesau de quinta-feira (22), Alagoas tem oficialmente 168,7 mil casos confirmados do novo coronavírus e 4.054 óbitos por Covid-19. Todos os municípios alagoanos têm mortes, mas em Maceió, Arapiraca, Rio Largo, Palmeira dos Índios e Marechal Deodoro há mais vítimas que não resistiram.
Em relação aos óbitos a cada cem mil habitantes, os municípios que apresentam situação mais crítica são Satuba, Maceió, Olho d´Água Grande, Roteiro e Murici, com 202; 181; 156; 150 e 148 vítimas.
Estudo liderado pelo Departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontou que a pandemia reduziu um ano e meio da expectativa de vida dos alagoanos, de 72,9 para 71,4 anos.