Alagoas registrou uma queda significativa do número de mortes por causas naturais no primeiro semestre deste ano em relação a 2022. Isso é o que aponta a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de Alagoas (Arpen/AL). A redução foi de 21,8%.
De acordo com os dados da entidade, de janeiro a junho de 2022, ocorreram 10,6 mil mortes por causas naturais em Alagoas e, no mesmo período deste ano, foram 8,3 mil.
Septicemia, pneumonia e problemas cardiovasculares inespecíficos foram as causas que mais fizeram vítimas em Alagoas no primeiro semestre de 2023, respectivamente 1,1 mil pessoas; 916 e 830 casos, segundo a Arpen. Em relação a Covid e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que chegaram a ser duas das principais causas em 2021, por exemplo, mataram este ano 51 pessoas e 45, na sequência.
Já em relação a 2021, a queda do número de mortes por causas naturais foi ainda maior quando comparado a 2023, de 12,3 mil para 8,3 mil, uma redução de 32,4%.
A Arpen mostra a redução do número de óbitos por Covid-19 de janeiro a junho de 2022 quando comparado com o mesmo período deste ano. Foram 426 vítimas no ano passado e 51 em 2023, uma queda de 88%.
O número de mortos por causas naturais em Alagoas já havia caído de janeiro a dezembro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Um percentual de 12,9%, reduzindo de 22,5 mil para 19,6 mil.
Naquele período, em 2021, assim como quando se fala em 2023, a redução deveu-se muito ao número de mortes provocadas pelo coronavírus que naquele ano fez 3,3 mil vítimas em Alagoas e no ano passado 603. Há possibilidade de subnotificações do número de óbitos, assim como ocorre em outros estados.
O levantamento publicado integra as Estatísticas do Registro Civil do IBGE. Em 2021 em todo o país quando o número de óbitos cresceu 18%, ocorreram cerca de 273 mil mortes a mais do que em 2020, totalizando aproximadamente 1,8 milhão e atingindo novo recorde na série.
De acordo com o IBGE, em 2020, o número de mortes já havia chegado ao seu patamar mais elevado (cerca de 1,5 milhão), mostrando a maior variação de toda a série (14,9%, cerca de 196 mil mortes a mais).
Com a continuidade da pandemia, o número de óbitos em 2021 teve aumento superior ao observado em 2020. Comparando-se com 2019, o incremento foi de 469 mil mortes, 35,6% a mais. Já no período anterior à pandemia, de 2010 a 2019, o crescimento médio anual de óbitos era de 1,8%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).